O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participou da solenidade do programa “Conheça o Brasil: Voando”, do Ministério do Turismo, que consolidou os dados sobre aumento de voos domésticos e internacionais na alta temporada de 2023/2024. A nova malha aérea regular do verão brasileiro contará com 94 novos voos, sendo 81 nacionais e 13 ligando destinos internacionais ao Brasil.
Marcelo Freixo destacou que a ação visa democratizar o acesso dos brasileiros à aviação civil, o que fortalece o turismo interno. “O reforço da malha aérea brasileira, em alta temporada, vai proporcionar que o turista internacional passe mais tempo no Brasil, conheça mais cidades, fortalecendo nossa estratégia de diversificação dos destinos turísticos que promovemos internacionalmente”, destacou.
O evento, que aconteceu no Ministério do Turismo, no início da tarde desta quarta-feira (25), foi uma ação do Ministério do Turismo que envolveu a Embratur, o Ministério de Portos e Aeroportos, além da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e as companhias áreas brasileiras Latam, Gol, e VoePass. O programa “Conheça o Brasil: Voando” também prevê uma campanha de promoção de destinos turísticos no país distribuída nas aeronaves e a implementação de stopover em voos domésticos e internacionais.
Com o stopover, passageiros podem aumentar o tempo de permanência em uma escala ou conexão para visitar um ponto turístico estendendo as férias e com poucas mudanças no preço da passagem. Em sua participação no evento, o presidente da Embratur lembrou que, de agosto a janeiro de 2023, o Brasil recebeu 4 milhões de turistas internacionais, superando todo o ano de 2022 e se igualando aos 12 meses de 2019, no pré-pandemia.
“E o mais importante é quanto esses turistas internacionais deixaram no Brasil. Tivemos R$ 22 bilhões deixados na economia brasileira pelo turismo internacional de janeiro a agosto deste ano. Qual é a atividade econômica que deixou R$ 22 bilhões na economia brasileira, em oito meses? Sem contar que estamos falando de uma atividade econômica compatível com a sustentabilidade, democracia, geração de empregos e renda. Estamos diante do futuro, do que se espera para a economia brasileira no século XXI”, ressaltou.
A presidente da Abear, Jurema Monteiro, disse que a associação e as empresas têm intensificado o diálogo com o governo federal para reaquecer o setor, comprometido pela pandemia de Covid-19 e em recuperação desde então. Segundo ela, a meta é voar mais e transportar mais passageiros. “Somos a base da cadeia do turismo, que começa no avião e se estende por uma série de serviços na hotelaria, bares e restaurantes, até vendedores de coco. São mais de 100 milhões de empregos diretos e indiretos”, afirmou.
Infraestrutura e turismo
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, também participou da solenidade. Ele destacou que o ministério terá R$ 25 bilhões em investimento em aeroportos por meio de concessões durante os próximos oito anos. “Temos que estruturar nossos aeroportos”, explicou. “Cada quatro turistas geram um emprego, e geração de emprego e renda é uma das prioridades do Governo Lula”, completou.
Já o ministro do Turismo, Celso Sabino, reforçou a importância do setor de turismo para o Brasil, que é responsável por 7,8% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o chefe da pasta, o país tem a capacidade de chegar a dois dígitos e ultrapassar setores como petróleo e gás, por exemplo, que representam 12,5% do PIB. “Vamos passar dos 106 milhões de brasileiros viajando pelo país e fazer os estrangeiros ficarem mais tempo no país”, prometeu.
Ainda segundo Sabino, o Brasil fechou acordo com a Organização Mundial do Turismo, agência da ONU, que vai abrir um escritório no Rio de Janeiro voltado para o turismo na América do Sul e Caribe. Participaram da solenidade, também, representantes das empresas Gol, Latan e VoePass e da Infraero, o presidente da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, deputado Romero Rodrigues (Podemos-PB), além de outros parlamentares.